HAROLDO JACOBOVICZ
Após sete anos de Colégio Militar e quatro anos e meio de Engenharia Civil na Universidade Federal do Paraná, Haroldo Jacobovicz iniciaria sua carreira profissional. Eram os anos 1980 e ao invés da construção civil, o jovem curitibano foi atraído pelo potencial da Tecnologia da Informação. Está à frente de empresas na área de prestação de serviços de software e hardware desde 1990, fundou uma operadora de telecomunicações em 2010, a Horizons Telecom, e uma startup de virtualização de computadores em 2021, a Arlequim Technologies.
Primogênito de quatro irmãos, filho dos paranaenses Alfredo – engenheiro civil e professor universitário, e Sarita – sétima engenheira civil mulher do Paraná, Haroldo aparentemente seguiria percurso similar. Mas era o novo, ainda não estabelecido, que fazia seus olhos brilharem. Curioso em relação ao que acontece no planeta, sempre foi leitor assíduo de jornais e revistas que, além de informação, funcionam como insumo para as novas ideias que torna realidade.
Engenheiro civil de formação, o empresário Haroldo Jacobovicz, tem o dom de enxergar além do visível e transformar ideias em soluções para a gestão, produtividade e desenvolvimento.
Consciente de que sucesso requer trabalho duro, talento para identificar oportunidades e um pouco de sorte, reuniu três amigos com conhecimento em informática antes da formatura e criou a Microsystem. O objetivo era atender lojas, farmácias e supermercados com a automatização do controle de estoque e caixa. Em menos de um ano, a empresa fechou: aquele mercado ainda não estava pronto para a informatização.
Se os pequenos negócios não estavam preparados para a nova onda que Haroldo via se aproximar, as grandes empresas deveriam estar. Foi quando soube que a Esso, atual Exxon Mobil Corporation, multinacional americana do setor de distribuição de petróleo, estava contratando. Após uma bateria de testes e dinâmicas de grupo, foi selecionado entre mais de 200 engenheiros. Lá, em menos de um ano, foi de vendedor reserva a analista de mercado na regional Sul até chegar à posição de responsável pela tática comercial e de novos negócios, na matriz brasileira, no Rio de Janeiro. Seu trabalho era baseado em dados processados em computador.
Os desafios na multinacional eram motivadores, mas o congelamento de preços que atingiu os combustíveis à época do Plano Cruzado aumentava a pressão. O cenário, somado à distância dos familiares, forçou a revisão de rota. Deixou a Esso para aderir a um projeto que estava no auge: a Hidrelétrica de Itaipu. Assumiu como assessor do Diretor Técnico da estatal, de volta à capital paranaense. A informatização, que havia acompanhado na iniciativa privada, chegava ao setor público. Percebeu a dificuldade na adoção de computadores face à burocracia na imobilização de ativos permanentes.
Depois de quatro anos na estatal, era hora de retomar o plano original – ter o próprio negócio no setor de tecnologia. Com a experiência de multinacional e de empresa estatal na bagagem, somada ao breve movimento empreendedor, tinha agora uma nova visão de negócio.
Com foco em órgãos públicos, criou a empresa Minauro – de locação e manutenção de computadores. Ofereceria contratos de quatro anos com troca de máquinas a cada 18 meses, incluindo manutenção. Inédita, a solução foi bem aceita e venceu diversas licitações no Sul e Sudeste do país.
Pouco depois, além de hardware, incorporou softwares de gestão tributária, financeira, administrativa, saúde e educação, oriundos das aquisições das empresas Consult, Perform e Sisteplan. Estava criado então o Grupo e-Governe, referência nacional em soluções para atender o poder público em informática, que perdura até os dias atuais em diversos municípios brasileiros.
A fim de alcançar o mercado corporativo, a Horizons Telecom foi construída do zero em 2010 a partir dos melhores recursos técnicos, humanos e estratégicos disponíveis. O projeto original foi concebido pelo engenheiro elétrico Renato Guerreiro, primeiro presidente da Anatel. Em uma década, tornou-se referência no nicho empresarial e no início de 2021, foi adquirida por um grande grupo investidor para integrar um ambicioso movimento de expansão no setor.
Motivado pela idealização de novos projetos, após a negociação da Horizons, Haroldo criou a Arlequim Technologies. A startup nasceu do desejo de proporcionar o melhor da vida digital ao maior número de pessoas, com o melhor custo-benefício. A proposta é melhorar o desempenho computacional de equipamentos antes limitados, tanto para pessoas físicas como empresas. O serviço turbina um computador desatualizado, tornando seu desempenho compatível com equipamentos de última geração. Tudo isso sem comprar dispositivos novos.
A perspectiva de melhorar o dia a dia das empresas e o cotidiano das pessoas é o que move Haroldo Jacobovicz. Sua principal meta: contribuir para um mundo melhor.
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